1 ano usando o Arch Linux como sistema padrão!
Para quem não acompanhou, durante o ano de 2022, fiz vídeos no canal Rikerlinux usando diferentes distros Linux por 1 mês, onde eu instalava e configurava para ser o meu sistema padrão. Nessa caminhada eu fazia um vídeo dizendo qual seria o sistema do mês, outro após 7 dias de uso, algum outro vídeo no meio do caminho dizendo recursos, facilidades ou dificuldades que encontrei e finalizava o mês com um vídeo de 30 dias usando aquele sistema. Nessa jornada passei por sistemas como: Artix, Ubuntu, Fedora, Big Linux, Arch dentre outras, e para 2023 resolvi parar com um sistema, para fazer um vídeo de 3 meses, 6 meses e finalmente de 1 ano de uso, e o sistema escolhido acabou sendo o Arch Linux, e nessa matéria venho te mostrar como foi essa minha experiência com o Arch.
Instalação do Arch Linux
Apesar do Arch Linux ter um instalador que facilita muito a vida hoje em dia, através do script archinstall. Como geralmente faço dual ou trial boot com outras distros Linux, geralmente uso a instalação manual, porque eu gosto de configurar certas coisas no sistema, que pelo archinstall eu não estava conseguindo. Apesar de que você consegue configurar muita coisa por lá também, mas teve um trialboot que eu fiz, que eu precisei particionar meu SSD principal também entre Arch e Manjaro, e o layout pelo archinstall não estava ficando legal, mesmo indo no particionamento manual do mesmo.
Interfaces gŕaficas do Arch Linux que usei
Após instalar, a questão da interface foi um ponto chave e durante essa minha caminhada passei pela interface Gnome Shell, que rendeu até um vídeo intitulado “Meu Super Arch com Gnome”.
Também passei rapidamente pela interface DDE, que se trata da interface do Deepin. Porém por mais bonita que seja, ela estava meio bugada então fiquei em torno de 2 dias com ela, e logo mudei de interface.
Outra interface que usei nesse período foi um Tiling Window Manager com Wayland, chamado Hyprland, que é muito bonito por sinal e bastante customizável. Mas problemas com acentuação e algumas particularidades do meu teclado, me fizeram passar apenas algumas semanas com essa interface.
Nesse meio tempo, também tive uma tentativa com a famosa interface grafica do Linux Mint, o Cinnamon, que fluiu muito bem no Arch, só não fiquei com ela por mais tempo pois nessa época estava em Dual Boot com o Fedora Cinnamon, então achei redundante a experiência, e decidi partir para uma nova experiência, dessa vez com a interface Cutefish, que infelizmente durou poucas horas, ou minutos na minha máquina, pois ao tentar abrir qualquer App a seção encerrava, além do Dock estar oculto.
Essa experiência me fez retornar para uma interface que considero mais segura, e por fim, a interface que retornei e que mais usei em 2023, foi o Plasma. Instalei o Plasma e abusei do poder de configuração que ele tem, configurando a interface do meu jeito. E olha que fluiu tão bem que cheguei a fazer alguns vídeos sobre o “Meu Super Plasma”, mostrando inclusive como configurar para quem quiser replicar o visual no PC.
Mas confesso que apesar de gostar muito da interface Plasma, nem tudo foram flores. Pois no inicio tive problemas com a seção com Wayland, pois o Davinci Resolve ficava fechando durante a edição, e após perder bastante paciência descobri que isso parava indo para a seção com Xorg.
Arch Linux com Kernel LTS
Como muitos já devem saber, as versões do Kernel Linux LTS (suporte de longo prazo) é bem vantajosa se estabilidade for sua primeira opção. Isso não significa que o zen kernel , ou o kernel padrão, sejam tão menos estáveis, apenas significa que o kernel LTS não será atualizado com tanta frequência. Portanto, há uma chance menor de alguns conflitos, depois que você atualizar o sistema. O Virtualbox por exemplo é um software que é campeão em dar erro após uma atualização completa do sistema, que atualizou o Kernel junto, assim como o Davinci Resolve, estava dando após algumas atualizações, mas creio que isso seja por conta do Driver fechado da AMD que uso, para fazer o programa funcionar com minha placa de vídeo integrada Randeon Vega 7. Além disso o Kernel LTS também é melhor em caso de multi-boot, não sendo necessário atualizar o Grub constantemente usando a versão LTS.
O que posso dizer após um ano com o Arch é que após instalar o Kernel LTS, o Davinci Resolve parou de fechar durante a edição mesmo na seção com Wayland, na verdade as vezes ele trava, mas os travamentos diminuiram muito, porpem quando acontece se dá seguido de uma mensagem de pouca RAM, então em breve terei que colocar mais 16 G aqui, pra ficar com no mínimo 32G para cessar de vez com esse problema.
Considerações finais
Após 1 ano usando o Arch Linux como sistema padrão, posso concluir que valeu muito a pena e caso esse relato lhe deixou curioso quanto ao Arch Linux, dê uma olhada nos vídeos que fiz no canal a respeito desse sistema, mostrando desde a instalação pelo archinstall, depois usando ele por 3 meses, 6 meses e finalmente, após 1 ano de uso com Arch Linux como sistema padrão.