Rikerlinux

Mostrando Linux como opção de Sistema, em mundo de janelas fechadas e maçãs mordidas!

Base Arch LinuxLINUX

ARTIX LINUX sistema base ARCH LINUX pra fazer vocĂȘ esquecer o MANJARO!

O sistema que escolhi pra março foi o Artix Linux, comecei a uså-lo em 07 de março, mas a surpresa foi tanta, que ele entrou abril na minha måquina e sabe se lå quando vai sair.

Surgimento do Artix Linux

O Artix Linux vĂȘm com uma proposta de trazer um Arch Linux sem o SystemD, e começou com a junção do projeto Arch OpenRC com o projeto Manjaro OpenRC (ambos surgiram em 2012), essa junção ocorreu em 2017, dando origem ao Artix Linux, um sistema que expandiu sua opção de init, de apenas OpenRC, para alguns outros como, S6, Dinit e suite66 e o que escolhi, que foi o Runit. 

O que Ă© e pra que serve um init?

Em resumo, o init é o responsåvel por chamar os processos que vão iniciar no sistema Linux, seja no momento que a måquina estå bootando, ou seja posteriormente. No início de tudo os sistemas Linux usavam o System 5, mas com o passar dos anos, com o surgimento do SystemD, ele foi sendo deixado de lado, mas nem todos desenvolvedores curtiram a nova proposta do SystemD, (que inclusive criaria um usuårio próprio no sistema), isso inclusive causou um racha no Debian, levando ao surgimento do Devuan. Indo por esse caminho, começaram a surgir projetos como opçÔes de init ao SystemD, dentre essas opçÔes estão o Runit, Suite66, OpenRC e Dinit.

Algumas surpresas

E aqui começam algumas diferenças fundamentais pois, a maioria dos serviços no Linux, como virtualização e Docker por exemplo, normalmente sĂŁo iniciados pelo SystemD, e vocĂȘ pode consultar a inicialização dos mesmos atravĂ©s do PID pelo terminal usando programas como o Top ou o Htop por exemplo, entĂŁo se vocĂȘ muda o init, com certeza terĂĄ parĂąmetros diferentes para lançar alguns serviços. ApĂłs pesquisar um pouquinho, consegui resolver essas questĂ”es e me adaptar ao sistema, claro que isso envolveu criar atalhos pelo terminal atravĂ©s de links simbĂłlicos, entre outros. mas eu deixei tudo anotado e criei uma matĂ©ria pra facilitar a sua vida nesse caso, tipo receita de bolo mesmo, sĂł seguir que vai dar tudo certo.

E pra minha surpresa, tive um ganho no boot do sistema, sendo de 27s até pedir a senha e depois apenas de 5s até chegar na årea de trabalho, totalizando 32.8s com o Runit, sendo um tempo bem menor do que os mais de 1 minuto que estava levando o Boot do Feren OS, que era meu sistema anterior.

Primeiramente, dei continuidade ao meu modelo de instalação em Raid 0 do sistema anterior, pra aproveitar melhor meus 2 SSDs como se fossem um, o que me då um ganho de performance maior nos sistemas, fazendo com que metade dos dados sejam alocados em cada SSD ao mesmo tempo, seja na cópia de arquivos, seja numa instalação de programa.

 E minha instalação se seguiu com uma partição de boot de 577Mb, uma swap de 1G , 40G para a partição raiz e uns 183G para a Home, (Se quiser entender melhor o esquema de partiçÔes no Linux, sugiro assistir esse vĂ­deo), tudo isso com a interface Kde Plasma.

E entĂŁo começou uma busca para deixar o sistema pronto para meu uso, primeiramente instalar programas que me sĂŁo muito importantes, como o Audacity, Gimp, o OBS-Studio e o Shotcut pra edição de vĂ­deos (inclusive tenho um vĂ­deo falando sobre os programas essenciais no meu dia a dia). Quanto aos 03 primeiros, nĂŁo tive problemas, pois ambos estavam nos repositĂłrios do Artix Linux, que utiliza o pacman como gerenciador de pacotes, ao invĂ©s do apt do Ubuntu e do dnf do Fedora, entĂŁo basicamente era sĂł dar um: sudo pacman -S Nome-do-Programa que ambos jĂĄ eram instalados. 

Jå quanto ao Shotcut, o mesmo não estå nos repositórios do Artix, porém consigo instalar o mesmo através de flatpak, ou pelo pacote em código fonte.

EntĂŁo fui instalar meu programa favorito para virtualização, o QEMU/KVM (que um tĂȘm um pacote especial para instalar no Artix de acordo com o init escolhido), e Ă© claro, quebrei um pouco a cabeça atĂ© descobrir qual pacote certo deveria instalar, e como fazer pra iniciar o serviço de virtualização, mas depois de algumas leituras, consegui resolver isso.

ApĂłs resolver os problemas de inĂ­cio dos serviços que mais utilizo, estava faltando fazer meus fones bluetooth funcionar no sistema (depois que comecei com  fone  QCY e o VJ 320 nĂŁo quero outra vida), pois devido a mudança para o Pipewire, os mesmos nĂŁo estavam funcionando de jeito nenhum no Artix. O que me levou a nova pesquisa e nĂŁo demorei muito a encontrar a solução. 

Confesso que em de tudo que passei com o Artix, minha maior dificuldade foi iniciar o docker para utilização de containers. Demorei uns 2 dois dias para descobrir como iniciar o mesmo o processo do mesmo no Runit, e tive uma luz quando entrei no grupo do Artix Linux no Telegram, que possuem integrantes bem prestativos. Mas depois que entendi como o sistema funcionava, percebi que a solução não era complicada.

ConclusĂŁo

ApĂłs 2 meses de uso com o sistema, removi a versĂŁo com Kde e instalei com Cinnamon que Ă© outra interface que gosto muito, mantendo o sistema de arquivos F2FS e o runit como inti, posso dizer que o Artix Linux, se tornou o meu sistema base Arch Linux favorito, deixando pra trĂĄs concorrentes como o Manjaro e o Endeavour OS. E com certeza recomendo pra qualquer usuĂĄrios que tenha um pouco de paciĂȘncia de pesquisar a dĂșvida que surgir durante o uso, pois aqui no Blog vou deixar um tutorial, ou vĂĄrios completos, ajudando a configurar e usar esse incrĂ­vel sistema base Arch Linux chamado Artix Linux.

Gostou dessa dica de um novo sistema base Arch Linux pra testar? Deixe aqui nos comentários 😃

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