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Mostrando Linux como opção de Sistema, em mundo de janelas fechadas e maçãs mordidas!

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macOS é o sistema dos trouxas?

No vídeo resposta que fiz falando se Linux era o macOS dos pobres, comentaram lá que o MacOS era o sistema dos trouxas. Primeiro, vale resslatar, que notei uma má interpretação de muitos, (interpretação básica de texto e fala, diga-se de passagem), pois tem muita gente que lê o título e não assiste o vídeo e comenta. Só pode! 🙄

Porque se a pessoa assistiu o vídeo até o fim e entendeu que que falei que o Linux é o MacOS dos pobres, uma pessoa dessas fugiu da escola, né? Não tem interpretação de texto nem de fala.

Me esforcei ao máximo pra deixar bem claro que se tratava de um vídeo resposta, pois vieram alguns e afirmaram que o Linux é o macOS dos pobres, aí vieram muitos e comentaram, que título é esse? Então te pergunto… Como vou fazer um vídeo resposta, sem colocar a frase que estou respondendo no título? Ficaria sem nexo, pelo menos ao meu ver.

É que nem no vídeo que estou respondendo o comentário se o macOS é o sistema dos trouxas, aí vem alguém e comenta, achei desnecessário esse título! Claro… Tô falando do macOS, pra que colocar isso no título, não é mesmo? Mas enfim 🙄.

Uma breve Introdução ao conjunto Hardware e sistema da Apple

Indo a uma breve explicação sobre o assunto para que possamos nos situar. O macOS atual é o sistema da Apple após a a aquisição da NeXT, que foi a empresa criada por Steve Jobs após eles ser demitido da Apple em 1984.

Pois lá no início da década de 90 teve um lance de Steve Jobs encarecer o preço do computador Lisa, que foi o primeiro computador pessoal com mouse e interface gráfica copiadas da Xerox. Isso ocorreu, quando ele quis dar mais poder a máquina, e colocou o processador Motorola 8.800. Essa decisão mudou os rumos da Apple, pois o conselho de acionistas o tiraram do projeto, colocando-o no projeto Macintosh, que até aquele momento, se tratava apenas, de um pequeno projeto pra um computador de baixo custo. 

Pois nesse momento a Apple era uma empresa de um produto de sucesso apenas, o Apple II, que fez a empresa decolar, saindo da garagem dos pais de Steve para um escritório na cidade. Com o tempo vieram os investidores, que acabou levando a uma IPO da empresa (oferta de de ações durante a abertura do capital da empresa). Nesse momento começaram a surgir projetos alternativos, aí o Steve que já tinha encarecido o Lisa, e após ser expulso do projeto, foi “jogado” para a recém criada divisão Macintosh. Transformando rapidamente o que seria o projeto para um computador de baixo custo, em um computador bem robusto pra época.

Porém o concelho da Apple não acreditava em Steve para dirigir a empresa, devido a ser muito jovem e impulsivo, tratando mal a muitos, cobrando em excesso, e por ai vai. Então todos chegaram ao denominador comum, que precisavam de um líder forte, pra dirigir a maçã para o rumo certo, foi nesse momento que Steve Jobs sugeriu o nome de John Sculey, o cara do desafio Pepsi.

Após diversos encontros, que se dividiam entre caminhadas (a forma que Steve adorava conversar) e jantares, Steve conseguiu convencer Sculey a deixar a Pepsi e se juntar ao navio da Apple. Têm até aquela frase histórica que Steve pergunta se ele queria vender água com açúcar o resto da vida, ou se queria mudar o mundo.

Os dois se entendiam bem, conversavam bastante sobre visões para a empresa, e Sculey parecia ter a figura paterna que Jobs procurava em alguns homens mais velhos. Mas essa de lua de mel, que durou meses, foi chegando ao fim, começando com alguns desentendimentos, que a principio, faziam Steve pensar que era o concelho colocando Sculey contra Steve, mas na realidade, o concelho havia ordenado que Sculey controlasse Steve, e lhe impedisse de fazer besteira no projeto. Contudo ele já tinha desenvolvido um sistema próprio pro Macintosh, (nessa época a Apple não baseava seus sistemas no Unix ainda) que não era compatível com o sistema do Lisa (além de incitar disputas e uma rivalidade entre a equipe Macintosh e a do Lisa). Mas após a perda de diversos prazos, o Macintosh finalmente estava pronto, porém Steve fez mais uma de suas exigências, “ponham mais memória aí!”, além de já ter colocado o mesmo processador do LISA no Macintosh.

Então após uma reunião do concelho da Apple, foi decidido por remarcar o preço de venda do Macintosh, devido a Steve ter encarecido a máquina. Steve disse que a máquina não ia vender e após descobrir quem deu a sugestão para o aumento do preço, disse que a culpa das vendas ruins seriam de John Sculey, que não entendia nada de computadores.

Então o cumulo do absurdo pra o concelho da Apple, foi Steve tentar se aproveitar de uma visita de John Sculey a China, pra poder se reunir com eles com intuito de dar um golpe de Estado, assumindo assim o controle da Apple de vez, e mandar John Sculey embora.

Tudo parecia perfeito, mas alguém vazou o plano para Sculey, que adiou a viagem sem Steve saber, e compareceu na reunião do concelho, marcada pra sua derrubada. Steve estava pronto pra colocar toda culpa do fracasso das vendas do Macintosh em Sculey, que sem defesa poderia cair nas garras de Jobs e perder o controle da empresa. Contudo, por estar presente, o feitiço se virou contra o feiticeiro, e Steve Jobs não só perdeu a votação que propos, como também se viu “obrigado” a deixar a Apple, por não ver mais lugar na empresa que fundara, após tudo que aconteceu.

Então Jobs saiu, foi viajar pela Europa, pelo mundo e nessa viajem pensou se poderia voltar para o ramo da computação, sem concorrer diretamente com a Apple (para não sofrer um processo é claro). Assim nascia a ideia de uma empresa voltada para o ramo da educação, a NeXT. Lá desenvolveu novos computadores, seu próprio sistema operacional e uma visão melhor de como gerir uma empresa, contudo seu coração continuava na Gigante de Cupertino que fundara, que por sinal ia muito mal das pernas nos últimos anos e corria risco de fechar as portas.

Então em em 1996 a Apple arrumou um jeito de trazer Steve Jobs de volta, com intuito de ajudar a resgatar a alma da empresa, que a fizera ir tão bem nos primeiros anos. Após aceitar uma porção de ações da Apple como parte do pagamento, a NExt foi adquirida pela Apple e Steve Jobs aterrizou na empresa que fundara anos antes,  com seu novo sistema operacional, que era baseado no UNIX.

A princípio a Apple começou a desenvolver suas soluções de código aberto, mas, infelizmente tiverem alguns problemas legais e partiram para as soluções proprietárias. Porém o Kernel da Apple continua sendo de código aberto, chamado de Open Darwin, que se trata de um Kernel híbrido. formado por um Kernel BSD e um Kernel Mach, no qual explico melhor num outro vídeo lá do canal.

Então, em resumo o sistema da Apple se trata de um uma interface de código fechada (Aqua) sobre um Kernel de código aberto. Que como todos sabem, a Microsoft copiou a Apple com o Windows copiando o esquema de janelas do macOS. Inclusive, até o layout do teclado foi copiado, pois isso foi trazido por Steve após um curso de caligrafia feito Stanford durante a faculdade. Portanto se não fosse o macOS não teríamos as interfaces como elas são hoje, pois as interfaces de todos sistemas que temos hoje,  partiram do que a Apple mostrou para o mundo em suas máquinas

Fora a integração que o ecossistema da Apple traz para seus usuários, levando praticidade para um público que tem dinheiro pra gastar,  e pagar por tais aprimoramentos.

Então dizer que macOS é o sistema dos trouxas, é tão sem sentido como dizer que Linux é o macOS dos pobres. você pode não gostar do macOS, da Apple ou até mesmo do Linux, mas não dá pra jogar no lixo as peculiaridades de cada um desses sistemas, seus pontos fortes e o quanto contribuiriam e ainda vão contribuir para o desenvolvimento tecnológico.

Bom, essa é a minha opinião. Pensa diferente de mim? Deixa aí nos comentários. 🙂👇🏻

Fontes:

Bibliografia de Steve Jobs por Walter Issacson

Imagem 1, Imagem 2

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